MONITOR DE SECAS DO MÊS DE JUNHO DE 2022

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Síntese do Traçado do Monitor de Secas do Mês de Junho de 2022

Este documento descreve, resumidamente, as maiores variações apresentadas no Mapa do Monitor de Secas do mês de junho de 2022 (Figura 1.a) em comparação ao mês anterior (Figura 1.b). Os destaques são feitos por Região e por Unidade da Federação, acompanhando-se o surgimento, desaparecimento, evolução ou involução do fenômeno da seca em cada uma dessas áreas.

Figura 1 - Monitor de Secas: (a) maio/2022; (b) junho/2022.

Figura 1 – Monitor de Secas: (a) maio/2022; (b) junho/2022.

Na Região Nordeste, a seca fraca (S0) avançou na Bahia e sul do Piauí em virtude das anomalias negativas de precipitação registradas nos últimos meses. Por outro lado, devido à persistência de chuvas acima da média na faixa leste, houve recuo da seca fraca (S0) em Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.  Ressalta-se ainda que, em parte do sertão nordestino, apesar do cenário favorável de chuvas acima da normalidade no mês de junho, persiste a condição de seca moderada (S1) de longo prazo, associada a déficits de precipitação acumulada em período superior a 18 meses, que ainda refletem a ocorrência de impactos hidrológicos.

Na Região Sudeste, devido às anomalias negativas de chuva e piora nos indicadores, houve aumento da área com seca fraca (S0) no Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Na Região Sul, devido às chuvas acima da média, ocorreu melhora da condição de seca nos três estados, marcada pela expressiva diminuição das áreas com secas grave (S2) e moderada (S1) no noroeste e centro-oeste gaúcho, bem como o recuo da seca fraca (S0) no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que aumentou o percentual de área livre da ocorrência do fenômeno.

Na Região Centro-Oeste, devido à piora nos indicadores no último mês, houve avanço das secas fraca (S0) e moderada (S1) em Mato Grosso e Goiás. Por outro lado, houve recuo da seca moderada (S1) no sul de Mato Grosso do Sul, em decorrência de chuvas acima da média. Vale ressaltar que persiste o cenário de seca intensa (S2/S3/S4) em algumas áreas da região, em decorrência dos déficits de chuva acumulados em longo prazo (superior a 12 meses).

Em Tocantins, único estado da Região Norte monitorado até agora, em função da piora nos indicadores houve um pequeno aumento da área com seca fraca (S0) no norte e sul, bem como uma intensificação da seca numa porção do oeste do estado, onde a seca passou de fraca (S0) a moderada (S1).

Em Alagoas, houve o recuo da seca fraca (S0) no oeste do estado, devido às anomalias positivas de precipitação e melhora nos indicadores. Os impactos permanecem de longo prazo (L).

Na Bahia, houve o avanço da seca fraca (S0) em grande parte do estado, devido às chuvas abaixo da média nos últimos meses. Os impactos são de longo prazo (L) no norte, curto e longo prazo (CL) no extremo oeste, e de curto prazo (C) no restante do estado.

No Ceará, apesar das chuvas acima da média no mês de junho, os indicadores não mostraram mudança na condição de seca em relação ao mês anterior. Os impactos permanecem de longo prazo (L).

No Distrito Federal, houve agravamento da seca, que passou de fraca (S0) para moderada (S1) em todo o território, em função da piora nos indicadores. Os impactos permanecem de curto prazo (C).

No Espírito Santo, em função das anomalias negativas de precipitação e piora nos indicadores, a seca fraca (S0) avançou, cobrindo todo território do estado. Os impactos permanecem de curto prazo (C).

Em Goiás, houve o avanço da seca fraca (S0) no norte e da seca moderada (S1) no leste do estado, em função da piora nos indicadores. Os impactos são de curto prazo (C) no norte e de longo prazo (L) no restante do estado.

No Maranhão, houve um pequeno recuo da seca fraca (S0) no sul do estado em decorrência de chuvas acima da média no mês de junho. Os impactos são de curto prazo (C).

Em Minas Gerais, houve avanço da seca fraca (S0) no noroeste, nordeste e leste do estado, em virtude de chuvas abaixo da média e piora nos indicadores. Os impactos são de curto prazo (C) no noroeste, nordeste, centro e leste, e permanecem de longo prazo (L) nas demais áreas.

Em Mato Grosso, devido às anomalias negativas de precipitação, houve o aumento de área com seca moderada (S1) na região central, bem como avanço da seca fraca (S0) no centro e no nordeste do estado. Ainda, houve o agravamento da seca no extremo noroeste, que passou de fraca (S0) para moderada (S1). Os impactos são de longo prazo (L) no sul, de curto e longo prazo (CL) no extremo oeste e noroeste, e de curto prazo (C) no restante do estado.

Em Mato Grosso do Sul, houve o recuo das secas moderada (S1) e grave (S2) no sul do estado, devido à melhora nos indicadores. Os impactos permanecem de curto e longo prazo (CL) no leste e oeste e de longo prazo (L) no restante do estado.

Na Paraíba, houve o recuo das secas fraca (S0) e moderada (S1) no centro-leste do estado, devido às chuvas acima da normalidade nos últimos meses. Os impactos permanecem de longo prazo (L).

No Paraná, houve recuo das secas moderada (S1) e fraca (S0) no centro-sul do estado, devido às chuvas acima da média nos últimos meses. Os impactos são de curto e longo prazo (CL) no norte, e de longo prazo (L) nas demais áreas.

Em Pernambuco, devido às anomalias positivas de chuva, houve recuo da seca fraca (S0) e da seca moderada (S1) no leste e sul do estado. Os impactos permanecem de longo prazo (L).

No Piauí, houve avanço da seca fraca (S0) no sul do estado, devido às anomalias negativas de precipitação. Os impactos são de curto prazo (C) no sul e de longo prazo (L) nas demais áreas.

No Rio de Janeiro, houve o surgimento de seca fraca (S0) no extremo norte do estado, devido à ocorrência de chuvas abaixo da média. Os impactos são de longo prazo (L) no sudoeste e curto prazo (C) no norte.

No Rio Grande do Norte, houve recuo da seca fraca (S0) no centro-leste do estado, devido às chuvas acima da média e melhora nos indicadores. Os impactos permanecem de longo prazo (L).

No Rio Grande do Sul, em virtude das chuvas acima da média, houve recuo da seca grave (S2) no noroeste e oeste, da seca moderada (S1) no norte e no centro, e da seca fraca (S0) no norte e nordeste do estado. Os impactos permanecem de longo prazo (L).

Em Santa Catarina, a seca fraca (S0) recuou no centro e oeste do estado, em função das chuvas acima da média no último mês. Os impactos são de longo prazo (L).

Em São Paulo, os indicadores não mostraram mudança na condição de seca em relação ao mês anterior. Os impactos continuam de longo prazo (L) no norte, sudeste e no extremo nordeste, e de curto e longo prazo (CL) no restante do estado.

Em Sergipe, houve recuo da seca fraca (S0) na faixa central do estado, devido às anomalias positivas de precipitação. Os impactos permanecem de longo prazo (L).

No Tocantins, em função da piora nos indicadores, houve avanço da seca fraca (S0) no sul e no norte do estado, além de um pequeno agravamento da seca numa porção do oeste, que passou de fraca (S0) para moderada (S1). Os impactos são de longo prazo (L) no oeste, de curto e longo prazo (CL) no sudeste, e de curto prazo (C) nas demais áreas.

Para o traçado do mapa do Monitor de Secas de junho de 2022, foram utilizadas as considerações feitas na videoconferência realizada no dia 11/07/2022 por representantes da ANA e das instituições autoras: INEMA-BA, APAC-PE, FUNCEME-CE, IGAM-MG, INCAPER-ES, SEMAD-GO, SEMARH-TO e SIMEPAR-PR. Na etapa de validação do mapa, diversas instituições estaduais parceiras contribuíram com dados complementares de suas redes de monitoramento e/ou informações de campo repassadas pelos observadores de impactos locais. Os trabalhos foram coordenados pela equipe da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Instituição Central do Programa Monitor de Secas.

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