Monitor de secas para o mês de agosto de 2022


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Síntese do Traçado do Monitor de Secas do Mês de Agosto de 2022

Este documento descreve, resumidamente, as maiores variações apresentadas no Mapa do Monitor de Secas do mês de agosto de 2022 (Figura 1b) em comparação ao mês anterior (Figura 1a). Os destaques são feitos por Região e por Unidade da Federação, acompanhando-se o surgimento, desaparecimento, evolução ou involução do fenômeno da seca em cada uma dessas áreas.

 

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Figura 1 – Monitor de Secas: (a) julho/2022; (b) agosto/2022.

 

Na Região Nordeste, houve o recuo da seca fraca (S0) no norte da Bahia devido às chuvas acima da normalidade nos últimos meses. Por outro lado, em função da piora nos indicadores, houve agravamento da seca no oeste da Bahia e no sul do Piauí, passando de fraca (S0) para moderada (S1). Ainda, registrou-se a expansão da área com seca fraca (S0) no norte do Maranhão e o surgimento de uma porção de seca fraca (S0) na divisa do oeste do Piauí com o leste do Maranhão.

No Maranhão, devido às anomalias negativas de precipitação registradas nos últimos meses houve o surgimento de uma porção de seca fraca (S0) no leste (divisa com Piauí) e uma expansão da área com seca fraca (S0) no norte. Os impactos são de curto prazo (C).

Na Região Sudeste, devido às anomalias negativas de chuva e piora nos indicadores, houve aumento da área com seca moderada (S1) no Espírito Santo e no norte e noroeste mineiro, além do avanço da seca fraca (S0) no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Na Região Sul, devido às chuvas acima da média, ocorreu o recuo da área com seca fraca (S0) no centro-oeste do Paraná e da seca moderada (S1) no sul do Rio Grande do Sul.

Na Região Centro-Oeste, as chuvas acima da média propiciaram melhora da condição de seca em Mato Grosso do Sul, que apresentou diminuição das áreas com seca extrema (S3) e recuo das secas grave (S2) no noroeste, moderada (S1) no centro-norte e fraca (S0) no sul. Já em Mato Grosso, a seca grave (S2) recuou no sul e houve atenuação da seca no sudoeste, que passou de extrema (S3) para grave (S2). Por outro lado, houve o avanço da seca fraca (S0) no nordeste de Mato Grosso e da seca moderada (S1) no norte e nordeste de Goiás, devido à piora nos indicadores.

Na Região Norte, Tocantins e Rondônia são os únicos estados monitorados. No Tocantins, devido à piora nos indicadores, a seca fraca (S0) avançou no centro-oeste e houve agravamento da seca no norte e sudeste, passando de fraca (S0) para moderada (S1).

Em Rondônia, nesse primeiro mês de monitoramento houve registro de seca fraca (S0) e moderada (S1) no norte, sudeste e sudoeste. Em Alagoas, com a persistência de chuvas acima da média, o estado permanece sem seca relativa. Na Bahia, em função das chuvas acima da normalidade, houve o recuo da seca fraca (S0) no norte. Por outro lado, devido à piora nos indicadores, houve o agravamento da seca no oeste do estado, passando de fraca (S0) para moderada (S1). Os impactos são de longo prazo (L) no norte e nordeste, curto e longo prazo (CL) no extremo oeste, e de curto prazo (C) no restante do estado.

No Ceará, houve o surgimento da seca fraca (S0) no sul, devido a piora nos indicadores. Por outro lado, devido às anomalias positivas de precipitação no oeste do estado, houve recuo da seca fraca (S0). Os impactos permanecem de longo prazo (L). No Distrito Federal, os indicadores não apontam mudança na condição de seca em relação ao mês anterior. Os impactos permanecem de curto prazo (C).

No Espírito Santo, houve o avanço da seca moderada (S1) no norte e sul capixaba, em função das anomalias negativas de precipitação e piora nos indicadores. Os impactos permanecem de curto prazo (C).

Em Goiás, houve o avanço da seca moderada (S1) no norte e nordeste, devido à piora nos indicadores. Os impactos são de curto prazo (C) no norte e nordeste e de longo prazo (L) no restante do estado.

Em Minas Gerais, devido às anomalias negativas de precipitação e piora nos indicadores, houve o avanço das secas moderada (S1) no noroeste e norte e da seca fraca (S0) no centro-leste do estado. Os impactos são de longo prazo (L) no sul e sudoeste; de curto e longo prazo (CL) no sudeste; e de curto prazo (C) nas demais áreas. Em Mato Grosso, devido à piora nos indicadores, houve o avanço da seca fraca (S0) no nordeste, bem como da seca moderada (S1) no oeste do estado. Por outro lado, houve o recuo das secas grave (S2) e moderada (S1) no sul e o abrandamento da seca no sudoeste, que passou de extrema(S3) para grave (S2), em decorrência das anomalias positivas de precipitação. Os impactos são de curto e longo prazo (CL) no oeste e noroeste, de longo prazo (L) no sul e de curto prazo (C) no restante do estado.

Em Mato Grosso do Sul, em função das chuvas acima da média nos últimos meses houve diminuição das áreas com seca extrema (S3), bem como o recuo das secas grave (S2) no noroeste, moderada (S1) no centro-norte e fraca (S0) no sul. Os impactos permanecem de curto e longo prazo (CL) no oeste e leste e de longo prazo (L) no restante do estado. Na Paraíba, em função das chuvas acima da média e melhora nos indicadores, houve atenuação da seca no sul, que passou de moderada (S1) para fraca (S0). Os impactos permanecem de longo prazo (L). No Paraná, devido aos desvios positivos de precipitação, houve o recuo da seca fraca (S0) no centro-oeste. Os impactos permanecem de curto e longo prazo (CL) no norte e de longo prazo (L) nas demais áreas.

Em Pernambuco, devido às anomalias positivas de chuva, houve recuo da seca fraca (S0) no extremo sudoeste do estado, e o abrandamento da seca no norte, que passou de moderada (S1) para fraca (S0). Os impactos permanecem de longo prazo (L).

No Piauí, devido à piora nos indicadores houve o surgimento da seca fraca (S0) no oeste (divisa com Maranhão) e o agravamento da seca numa porção no sul do estado, passando de fraca (S0) para moderada (S1). Os impactos são de longo prazo (L) no leste e de curto prazo (C) nas demais áreas. No Rio de Janeiro, houve o avanço da área com seca fraca (S0) no oeste do estado, devido à piora nos indicadores. Os impactos permanecem de curto e longo prazo (CL) no extremo sul e de curto prazo (C) nas demais áreas.

No Rio Grande do Norte, os indicadores não mostraram mudança na condição de seca em relação ao mês anterior. Os impactos permanecem de longo prazo (L). No Rio Grande do Sul, houve o recuo da seca moderada (S1) no sul do estado, devido às chuvas acima da média em agosto. Os impactos permanecem de longo prazo (L). Em Rondônia, nesse primeiro mês de monitoramento houve registro de seca fraca (S0) e moderada (S1) no norte, sudeste e sudoeste. Os impactos são de curto e longo prazo (CL) no sudeste e nordeste, longo prazo (L) no sudoeste e de curto prazo (C) nas demais áreas.

Em Santa Catarina, com a persistência de chuvas acima da média, o estado permanece sem seca relativa. Em São Paulo, os indicadores não apontam mudança na condição de seca em relação ao mês anterior, apesar dos desvios positivos de precipitação no sudoeste do estado. Os impactos são de longo prazo (L) no norte e sudeste, e de curto e longo prazo (CL) no restante do estado.

Em Sergipe, os indicadores não apontam mudança na condição de seca em relação ao mês anterior. Os impactos permanecem de longo prazo (L).

No Tocantins, devido à piora nos indicadores, a seca fraca (S0) avançou no centrooeste e houve agravamento da seca no norte e sudeste, passando de fraca (S0) para moderada (S1). Os impactos são de curto e longo prazo (CL) no noroeste e sudeste e de curto prazo (C) no restante do estado.

Para o traçado do mapa do Monitor de Secas de agosto de 2022, foram utilizadas as considerações feitas na videoconferência realizada no dia 12/09/2022 por representantes da ANA e das instituições autoras: INEMA-BA, APAC-PE, FUNCEME-CE, IGAM-MG, INCAPER-ES, SEMAD-GO, SEMARH-TO e SIMEPAR-PR. Na etapa de validação do mapa, diversas instituições estaduais parceiras contribuíram com dados complementares de suas redes de monitoramento e/ou informações de campo repassadas pelos observadores de impactos locais. Os trabalhos foram coordenados pela equipe da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Instituição Central do Programa Monitor de Secas.

 

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